POR DENTRO - Seu Beijo Roubado
Nico - PRECISO DE VOCÊ
Ryan – O QUE ACONTECEU?
Nico – VEM EM CASA.
Ryan bloqueou a tela de seu smartphone imaginando como isso aconteceu,
ele poderia ter ao seu lado o principal jogador do time de futebol americano do
Hamilton Middle School, mas não podia negar que seus pensamentos estariam
sempre focados em Nico.
Ele podia dizer muitas coisas sobre o que via em Nico para fazê-lo tão
especial para si, mas não podia dizer isso para Stefan seu namorado dês do
primeiro ano no ensino médio.
De início sofreu alguns insultos na escola, mas esse amor acabou sendo
respeitado depois que Stefan entrou no time de futebol. No segundo ano ele já
era considerado o melhor jogador. Agora eles estavam comemorando – atrasados –
o terceiro ano de namoro.
__ Tenho que ir, Stefan – disse ele dando um beijo em Stefan que o
encarou deitado na cama – disse á minha mãe que não passaria a noite aqui –
Ryan se levantou e vestiu sua camiseta preta e sentou na cama bagunçada.
Ele calçou os sapatos.
__ Eu ligo para ela – sugeriu Stefan.
__ É melhor não, meu padrasto pode atender, sabe que ele não gosta muito
de você – meu Deus por que estou mentindo, Ryan pensou levantando-se novamente.
__ Tudo bem, mas tenho uma coisa para você.
Stefan se levantou e sorrindo entrou no closet. Ryan riu da situação,
Stefan entrou de cueca no closet e voltou com uma caixa grande nas mãos. A
caixa estava encapada com um papel de presente com estampas coloridas de onça.
__ Tão gay! – Ryan disse entre os risos.
__ Tão você.
Ryan deu a volta na cama se aproximando de Stefan que lhe entregou a
caixa. Ele a colocou na cama rasgando em seguida o papel de presente. Uma caixa
dentro de outra caixa, pensou Ryan abrindo a segunda caixa, ela estava cheia de
papel picado. Ryan colocou suas mãos entre eles procurando e tirou as mãos
segurando um envelope branco lacrado.
__ Eu sei que nunca conversamos sobre o assunto, mas não consigo pensar
em você sem querer estar com você pelo resto da minha vida - Ryan abriu o
envelope branco e leu: Ryan Bennet e Stefan Marc – É um convite para o nosso
noivado.
Ryan olhou para Stefan e sorriu sem dizer nada, seu namorado e capitão
do time de futebol franziu o cenho e o encarou por alguns segundos esperando a
resposta.
__ Eu não sei... Preciso pensar.
Ryan beijou Stefan e colocou o convite na cama saindo do apartamento.
Ele entrou no elevador e desceu até a garagem. Por um momento pensou em voltar
e dizer que não, mas simplesmente entrou em seu carro e acelerou saindo da
garagem do Edifício Dominion.
O dia não tinha virado noite quando ele estacionou o carro preto na
frente da casa de Nico que parecia desesperado enquanto corria em direção ao
carro. Ryan desceu do carro.
__ Você não vai acreditar – disse Nico chacoalhando um envelope pardo em
suas mãos no alto de sua cabeça.
__ Mais um envelope – Ryan pensou alto, sorriu quando percebeu o que
havia feito – Não mesmo, não consigo nem ler o que está escrito porque você não
para de balançar este envelope.
__ Eu passei. Eu passei – gritou Nico, a velha assustadora que arrumava
a roseira na casa ao lado olhou para ele que pulava de alegria – Vou para
Cornell.
Surpreso, isso definitivamente deixou Ryan surpreso. Nico nunca havia
comentado sobre sua inscrição na Universidade Cornell, sem contar que ele não
tinha dito que queria fazer faculdade.
__ Chegou hoje – Disse Nico se acalmando.
__ Contou para Fernanda, ela vai ficar muito feliz por você.
Nico parou de examinar as letras da carta de admissão e encarou os olhos
de Ryan que o fitava como se quisesse mata-lo.
__ Não, ela ainda está naquela viagem com os pais – Nico mordeu o lábio
inferior – Você não está feliz por mim?
__ Estou – Ryan sorriu, quase que forçado – É claro que estou. É que
ainda não recebi minha carta.
Ryan bateu a porta do carro preto e apertou o controle do alarme que
apitou um sonoro irritante que Nico odiava.
__ Sua mãe ainda está brava por causa do quarto na semana passada? –
Ryan perguntou mudando de assunto.
__ De você quase ter explodido meu quarto, bom, depois que você fugiu
pela janela do segundo andar ela ficou falando ainda, mas como pode ver a casa
ainda está em pé.
Ryan deu risada e viu a mãe de Nico parada atrás da janela entre as
cortinas de seda branca.
__ Acho que ela ainda está brava – Ryan apontou com o dedo indicador
para janela e Nico olhou os dois riram acenando para a Senhora Sattler – Quando
sua namorada volta?
Nico ainda estava rindo quase que caindo na grama do jardim de sua casa.
__ No domingo, mas ainda é sexta feira. Tenho muito o que aproveitar –
Nico olhou para trás procurando a mãe e não a viu – Quer dormir aqui está
noite?
__ Stefan vai me ligar a qualquer momento, disse que iria dormir em
casa. E também não trouxe roupa.
__ Aqui é sua casa também e tem mais roupas suas aqui do que minhas –
Nico sorriu segurando a mão de Ryan – Vamos, ainda quero te vencer no Vídeo
Game.
Ryan sorriu tirando a mão de Nico da sua. Ele começou a pensar – sem
querer – no pedido de casamento de Stefan e no jeito fofo que ele preparou o
convite para o noivado.
__ Talvez amanhã. Ainda me sinto estranho pelo o que aconteceu quinta
feira.
Ele apertou o controle do alarme do carro e abriu a porta. Nico sorriu e
se aproximou. Ryan percebeu que Nico estava descalço e mais que já estava quase
escuro pelo anoitecer o asfalto ainda estava quente.
__ Não vou querer você em casa quando estiver nevando e você estiver
sozinho no Natal – ele fez uma cara como se quisesse que Ryan sentisse piedade
dele – por favor.
Noite de quinta-feira
Ryan estava ganhando no Vídeo Game, era um jogo de luta e Nico gritava
algo sobre querer acabar com ele.
__ Game Over – Disse Ryan caçoando de Nico que jogou o controle remoto
do aparelho para debaixo da cama.
__ Se fosse na vida real ganharia de você, com certeza – ele sorriu fez
cocegas em Ryan.
O garoto de samba canção florida revidou as cocegas com um soco no braço
de Nico que se colocou em cima de Ryan que começou a rir alto e
descontroladamente enquanto Nico o fazia cocegas.
Ryan levantou as pernas para cima e Nico aproveitou imobilizando-o. Ryan
o jogou de lado subindo em cima dele encarando-o de perto.
Nico lhe beijou rápido.
Surpreendido pelo selinho Ryan se levantou pálido e deitou na cama de
solteiro do outro lado do quarto.
__ Vou dormir.
__ Bom dia, amigos – Disse Fernanda se aproximando ao lado de Nico.
Kler, Pâmela e Roman estavam sentado no gramado do Hamilton Middle
School.
A ruiva Fernanda segurava um suporte com sete copos de café com leite.
O casal havia passado em um Starbucks a caminho da escola.
Nico colocou uma caixa com cookies na grama.
__ Que animo, Fernanda – Comentou Kler levando a boca um cookie.
Fernanda lhe entregou um colpo com café com leite.
__ Café descafeinado com leite para minha querida Kler – A morena de
cabelos cacheados segurou o copo semicerrando os olhos.
__ Bom dia, queridos e Fernanda – Ryan chegou de mãos dadas com Stefan
que sorriu acenando educadamente para os outros – Obrigado Vadia – disse Ryan
pegando um dos copos.
__ Este é do Nico – Fernanda gritou.
Nico virou rapidamente olhando para ela.
__ Tudo bem, eu e ele tomamos o mesmo. Café com leite de soja – Nico
sorriu pegando um copo.
Fernanda abaixou colocando o suporte na grama com os outros copos.
__ Podem pegar os de vocês.
__ Oi, amiga – disse Shirley abraçando Fernanda.
__ Preciso de ar – Fernanda puxou Shirley - a roqueira - pelo braço se
afastando do grupo.
__ Aconteceu alguma coisa que eu perdi – Stefan disse finalmente depois
de um longo período de silencio.
__ Nada – Ryan olhou para Nico – vamos, meu amor.
Ryan se afastou segurando a mão de Stefan.
O smartphone de Ryan vibrou no bolso da calça jeans apertada. Sem que o
professor de Biologia visse ele o pegou e o colocou em meio ao livro.
NICO – PARE DE SER IDIOTA
RYAN – EU IDIOTA, VOCÊ FEZ DE NOVO E NÃO FOI SEM QUERER
NICO – DESCULPA, NÃO ERA PARA TER ACONTECIDO
RYAN – MAS ACONTECEU...
__ Ryan – gritou o professor careca de Biologia – o que está mais
importante do que minha matéria no quadro negro?
O professor deu uns passos à frente, mas foi interrompido pelo sonoro
sinal. Ryan se sentiu aliviado de não ter sido mandado direto para a sala do
Diretora Maddie.
Os alunos começaram a sair da sala.
Nico entrou e Ryan o encarou.
__ Desculpa... Está... Fiquei curioso para saber se você sentia algo
por...
__ Oi, Stefan – Disse Ryan interrompendo Nico – Tenho que ir.
Stefan entrou na sala de aula e segurou na mão esquerda de Ryan que
sorriu para Nico saindo da sala ao lado de Stefan.
O corredor já estava vazio quando Stefan parou no
meio e fechou a mão depois de soltar a de Ryan.
__ O que aconteceu? – Disse ele de cabeça baixa –
Você tem algo para me contar?
__ Não aconteceu nada, Stefan – Ryan se aproximou e
olhou em teus olhos – Já conversamos sobre o seu ciúme...
__ Ciúmes – Stefan disse alto interrompendo-o –
ciúmes. Vou te dizer o que estou sentindo – Stefan segurou firme nos braços
finos de Ryan empurrando-o contra o armário – raiva, isso é o que estou
sentindo.
__ Me solta – disse Ryan que diferente de seu
namorado estava calmo – me solta.
__ Te pedi em casamento e você fica de segredinho
com aquele moleque – Stefan bateu forte as costas de Ryan no armário verde.
__ Ele já disse para solta-lo – disse Nico surgindo
atrás de Stefan que soltou Ryan com o susto.
__ Não precisa, Nico, pode ir.
__ Precisa sim, me diga o segredinho de vocês –
ordenou Stefan indo para cima de Nico estralando os dedos das mãos.
Nico o empurrou rápido o suficiente para ter tempo
de segurar a mão de Ryan e correr para fora da escola.
Shirley guardou o celular no estojo assim que a
professora de artes entrou na sala, Fernanda ainda estava digitando algo no
aparelho, então Shirley a cutucou e ela percebeu a entrada da professora
guardando o celular no bolso da calça jeans apertada.
__ Nico está me evitando – ela sussurrou para que
somente Shirley escutasse – enviei umas dez mensagens no MOgy, mas ele faz
questão de não me responder.
__ Tentou ligar para ele? – Shirley fez com que
Fernanda sorrisse – O que foi?
__ Senhora Dopredi – disse Fernanda com a mão no
alto da cabeça, a senhora que segurava o giz de lousa na mão a olhou – Preciso
ir no banheiro.
Sem dizer nada a Senhora Dopredi empurrou um cartão
de saída da sala na mesa. Fernanda entendeu que aquilo era como um SIM, então
levantou-se e pegou o cartão saindo da sala.
“Oi é o Nico, deixe sua mensagem após o sinal”.
Foi o que ela escutou na mensagem da caixa postal
de Nico. Fernanda passou por Stefan que estava saindo do banheiro masculino.
__ A lindinha – disse ele parando-a no corredor –
se ver seu namoradinho avisa que eu vou acabar com ele.
Stefan continuou andando enquanto Fernanda tentava
imaginar o que havia acontecido.
FERNANDA – AONDE VOCÊ ESTÁ, STEFAN DISSE QUE VAI ACABAR
COM VOCÊ. TENHO CERTEZA DE QUE NÃO VAI SER SÓ ELE JÁ QUE VOCÊ FEZ ALGUMA COISA
PRO CAPITÃO DO TIE DE FUTEBOL.
Fernanda guardou o smartphone no bolso novamente
voltando para a sala de aula.
__ Onde você está, Ryan – disse Stefan falando no
smartphone enquanto se olhava no espelho em cima do lavatório.
__ Você está enlouquecendo, Stefan. Enquanto não
melhorar este seu comportamento rude, não vou falar com você.
Ryan desligou.
__ O casal gay da escola acabou – Roman saiu de
dentro de um dos reservados. Ele se aproximou do lavatório e lavou as mãos.
Roman também estava no time de futebol da escola,
ele jogava na linha defensiva. Roman tinha ombros largos e era conhecido por
sua fama de galanteador da escola, já que havia saído com a maioria das
garotas.
__ Não lhe importa – disse Stefan virando de costas
para o espelho.
__ Se precisar de ajuda – Roman o olhou de cima
abaixo – sabe que só quero ser amigo.
__ Não preciso.
__ Deixa eu te dar uma dica então – ele se
aproximou lentamente de Stefan que o encarava com um olhar de descaso – tem
amigos que curtem pegar os amigos, não se esqueça disso.
Roman sorriu arduamente para Stefan que lhe deu as
costas voltando a se olhar no espelho enquanto ele saia do banheiro.
Com o sinal do fim das aulas todos saíram da sala,
Shirley e Fernanda ficaram junto a outras garotas.
__ Vocês querem mesmo fazer parte do comitê do
baile – disse Aline, uma das garotas com o uniforme de líder de torcida – me
parece que ela está mais preocupada com outra coisa.
Aline olhou para Fernanda que estava andando de um
lado para outro com o smartphone na orelha.
__ Dia difícil – explicou Shirley – Vamos
participar?
__ Mia rastreou o celular do Nico, ele ficou no
parque o dia todo – disse Fernanda voltando para a roda das garotas – oi,
Aline. Tenho ótimas ideias para o Baile de Formatura.
__ Shirley você está dentro, Fernanda não, nem
pensar. E não dou segunda chances, só para avisar.
Aline saiu da sala com as outras três garotas atrás
delas. Shirley ficou de frente a Fernanda.
__ Se você não for participar do comitê eu também
não vou – disse Shirley encarando Fernanda que não tirava os olhos da tela do
smartphone.
__ Vou ver se ele ainda está no parque.
Fernanda pegou seus livros de cima da mesa e saiu
correndo deixando Shirley para trás.
Shirley entrou em sua casa que não era muito longe
do colégio, ela estava completamente diferente da garota que andava nos
corredores da escola. De uma roqueira que se vestia com roupas escuras, a uma
garotinha de um vestido branco abaixo dos joelhos e o cabelo louro preso em um
rabo de cavalo.
__ Boa tarde mãe – disse ela ao ver sua mãe
preparando o jantar na minúscula cozinha.
__ Olá, Shirley – respondeu a mãe dela. A Senhora
Morooe era uma mulher conservadora que perdeu seu marido na guerra do Vietnã.
Uma mulher cheia de classe e muito religiosa,
Shirley acreditava em Deus, mas não como sua mãe acreditava. A fé dela em algo
que não via era a mais forte. A mãe de Shirley passou a frequentar os cultos na
igreja duas semanas depois que perdeu o marido.
A partir deste momento tudo o que Shirley conhecia
mudou, a casa, as roupas, as músicas. Tudo.
A Senhora Morooe só usava saias compridas e blusas
que cobrissem os braços, enquanto Shirley e a irmã mais nova que acabará de
abraçar Shirley só queriam aproveitar a juventude.
Sendo como se diz Shirley “normais”.
__ Mãe, entrei no comitê do baile de formatura –
informou Shirley que foi atacada pelo olhar flamejante de sua mãe que mexia com
a colher dentro de uma panela.
__ Não.
__ Mas mãe...
__ Eu disse não, então será não. Simples assim.
__ Mas eu já entrei.
__ Saia – a Senhora Morooe voltou a olhar para
dentro da panela – você sabe muito bem o que tem nesses tipos de festas, sou uma
mulher viúva, não vou aceitar que minha filha vá a uma festa onde haverá
drogas, bebidas alcoólicas e sexo depois da meia noite – ela soltou a colher de
madeira e colocou a mão no peito com a outra mão se deu três tapas de leve na
boca – me perdoe meu Deus.
__ Tudo bem – disse Shirley que afastou a irmã que
lhe olhou com os olhos brilhando.
__ Teve muita sorte de ter te matriculado naquela
escola, por mim estaria em um convento ou coisa do tipo. Sem garotos e sem
perjúrio. Vá para o banho, em cinco minutos que a senhorita aqui para o jantar.
Já havia anoitecido Nico e Ryan estavam a caminho
da escola, onde haviam deixado o carro de Ryan.
__ Vou conversar com o Stefan – começou Nico – ele
com certeza deve ter chamado todo o time de futebol para te bater.
__ Nunca pensei que ele fosse te tratar daquela
forma – ele colocou seus finos dedos na camisa de Ryan tentando examinar as
marcas que haviam ficado em seus braços.
__ Não – disse Ryan tirando a mão dele.
__ Matamos três aulas – Nico olhou para o céu – já
está escurecendo.
__ Vou te dar uma carona até sua casa.
Nico parou assim que viu Stefan encostado no carro
de Ryan no estacionamento da escola.
__ Acho melhor eu ir a pé mesmo.
Ryan olhou para ele e sorriu depois de ver Stefan.
__ Te vejo amanhã.
__ Ou ainda hoje – Nico sorriu virando na esquina.
Stefan caminhou em direção a Ryan.
__ O que aconteceu? – Stefan perguntou – Queria
tanto falar com o seu amiguinho.
__ Se você me tratar do mesmo jeito daquela hora,
vou te deixar aqui sozinho.
Stefan olhou no fundo dos olhos de Ryan e
desmanchou o sorriso sarcástico que estava em seu rosto.
__ Odeio ele – Stefan deu as costas para Ryan
caminhando em direção ao seu carro. Uma Lamborghin vermelha – Só ele tem toda
sua atenção, você mente para mim por causa dele. Seu pai gosta dele e não de
mim...
Ryan caminhou até ele que estava encostado no carro
ao lado do seu.
__ Ele é meu amigo, somente meu amigo – Stefan
olhou para Ryan lembrando do que Roman havia lhe dito dentro do banheiro
masculino – Sabe há quanto tempo nós somos amigos?
__ Des da maternidade, você já me disse isso.
__ Por isso mesmo, não há nenhum motivo para você
odiá-lo. Ele é meu amigo assim como você tem os seus amigos.
__ Me perdoa – Stefan abraçou Ryan que parecia
desaparecer em seus braços.
A morena
Kler entrou no camarim de sua mãe, seu pai estava ao seu lado e ele foi o
primeiro que parabenizou a esposa pela apresentação de dança contemporânea.
Kler abraçou a mulher que se parecia muito com ela.
Até mesmo o formato do rosto redondo, os lábios e
os olhos.
__ Você estava linda naquele palco, mãe.
__ Dancei como se não existisse amanhã – Disse a
Senhora Bason sorriu para a filha e abraçou o marido novamente - Estou pronta,
vamos.
Ela vestiu o sobretudo preto com botões pratas, pegou
sua bolsa pequena e guardou o smartphone dentro dela passando-a pelo ombro.
__ Vamos.
Eles caminharam até a saída dos bastidores,
caminharam um pouco por um beco em meia luz e chegaram no carro.
__ Vai passa a grana- disse um homem segurando um
revolver.
Kler gritou e abraçou o pai que estava distante da
mulher ao lado do assaltante.
__ Vou ver o que tenho aqui e te dou – Disse a
Senhora Bason – Não precisa roubar, eu vou te dar, tudo bem.
__ Tudo bem porra nenhuma, vai madame passa a
grana.
A mulher estava tremendo e sua bolsa caiu no chão,
no mesmo instante seu marido se aproximou para ajudá-la. O assaltante o viu e
atirou na mulher que pulou na frente do marido salvando-o.
__ Mãe – gritou Kler enquanto o assaltante corria
para longe.
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