Bárbara - Capítulo 2
Doce Guerreira. Estava no meio do ano, era uma das últimas semanas de aula. Estava cansada e completamente insegura na sala aonde estava. Vovó comprou uma máquina braille para me ajudar nas aulas. Ela fazia um bipe cada vez que o espaço da folha acabava para fazer girar a folha e dar mais espaço para fazer as anotações. Cada vez que o som se repetia dois garotos repetiam o ruído baixo para que a professora não ouvisse. Ela estava ditando a matéria, era a melhor forma de me fazer entender. Deveria ter tido mais paciência ou usado outra forma de me impor. Mas tudo estava tão errado. As formas como eles me tratavam, como falavam comigo. E mesmo que a professora os repreendessem eles continuavam em outras aulas ou no intervalo. Era injusto. Contei para a vovó o que estava acontecendo e ela foi até a escola conversar com os coordenadores. Eles me colocaram em uma sala fria, sentada de frente aos dois garotos denunciados. Eles tinham a aura como a da minha mãe. Eles eram ruin