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Mostrando postagens de janeiro, 2017

Culpada (A Outra) Parte II

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29 de Abril de 2010 Tavares acordou o celular tocando no criado-mudo, ele olhou na tela e era uma ligação de Isabela. __ Isabela? “Tavares, desculpe incomoda-lo, eu sei que já passou das onze e você com certeza estava dormindo”. __ Diga Isabela, o que aconteceu? “Eu preciso da sua ajuda, eu fiz uma coisa, você pode me encontrar?”. __ Venha até a minha casa tomar um café. Tavares virou o bule de café na xicara despejando o liquido quente enquanto Isabela o observava com as mãos tremulas sob a mesa de vidro. Ela olhou para a janela e a lua parecia mais perto daquele apartamento. Isabela já estivera ali em outras ocasiões melhores do que essa, mas o que ela estava fazendo era necessário para obter a ajuda de um amigo. __ Por que está tão aflita? - Perguntou Tavares sentando-se na cadeira de frente a Isabela. __ tenho que te contar uma história – começou Isabela e Tavares franziu o cenho – mas você tem que me prometer que vai me ouvir e me entender. __ Eu prom

Culpada (A outra) - Parte I

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Culpada (A outra) __ Estou a caminho – disse Tavares olhando para Isabela que tentava entender o que estava acontecendo. Tavares abriu a porta e saiu, Isabela fez o mesmo seguindo-o até o lado de fora da Delegacia. __ Me diga o que está acontecendo, Tavares – exigiu ela parando próximo a ele que já estava girando a chave na ignição do carro. __ Você está fora do caso, Isabela. Eu não sei por que insiste em ficar a par das coisas relacionadas a esse assassinato, mas tenho que lhe avisar que eu sou muito mais esperto do que você. Tavares ligou o carro e acelerou. Isabela correu para dentro da delegacia e entrou na sala de Tavares. Ela olhou dentro da gaveta de arquivos procurando pela pasta do caso intitulado como Amor Frágil, ela olhou todas as etiquetas e parou quando passou os olhos por cima da mesa de madeira e viu algumas imagens da cena do crime. Ela se aproximou da mesa que estava no centro da sala. A imagem estava nítida e mostrava o corpo de Leandro no

Amante (Rafaela Medalaio)

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Amante (Rafaela Medalaio) Como eu conheci Leandro? A resposta é simples. Fazia alguns dias que havia voltado de Nova York, estava com o meu filho em um supermercado quando o vi pela primeira vez, ele estava olhando dentro da geladeira de sorvetes, me olhou com o canto dos olhos e sorriu. Fingi não ter visto aquele sorriso, meu filho abriu uma das portas e pegou seu sorvete favorito. “Esse é o meu favorito”, disse Leandro olhando para o meu filho que me entregou o sorvete, “seu irmão tem um bom gosto”. Ele sorriu e se aproximou um pouco mais. “Ele é meu filho”, ele franziu o cenho espantado e deu uma breve risada. “Não parece ser seu filho”. Sorri com educação e comecei a caminhar. “James”, chamei meu filho para que me acompanhasse, a pequenino correu segurou na minha cintura. Andei uns dois corredores e dei de cara com Leandro novamente como se ele tivesse feito o melhor para me alcançar. “Você é muito linda”, ele sorriu com seus lábios rosados, “eu não sou

Fragile Love - Meretriz (Roberta Leon)

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Meretriz (Roberta Leon) Minha vida é bem simples, moro em um mini apartamento, minha vida começou a ficar cada dia pior, começando pela escola. Saia com muitos garotos e esses garotos começaram a fazer propostas de casamento e relacionamento sério, mas sempre soube que isso não é para mim. Depois que me formei sai de casa e vim morar nesta cidade pacata, aqui é muito tranquilo, a taxa de mortalidade é baixa, e tem muitos homens de negócio, empresas e mais. Antes de levar essa vida que levo eu procurei empregos, procurei em vários desses prédios onde os espelhos são as janelas, procurei por uns quatro meses, então em uma dessas buscas conheci Maria, ela era espetacular, saímos durante alguns dias, e ela me apresentou um cara, não vou falar o nome dele, não quero que vocês o procure. Mas esse cara, me ofereceu um emprego, ele disse que não era fácil, que tinha que dar muito de mim, que algumas noites seriam consideradas uma das piores da minha vida, ele foi sincero em todos

Fragile Love - Sangue (Leticia Siqueira)

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Sangue (Leticia Siqueira) Minha rotina é simples, eu acordo todos os dias ás cinco da manhã, caminho entre as ruas Três e Oito, então começo a correr cruzando a avenida principal, depois dobro a esquina e por fim volto para casa. Com todos os tipos de sensações de uma mulher em dias difíceis entro no banho e fico pronta para o trabalho exatamente ás sete horas da manhã, é neste mesmo horário que saio de casa passo na cafeteria na esquina de casa e sigo até o escritório. Não acredito que o bairro seja perigoso, mas também não acredito em todos os meus vizinhos, qualquer um deles pode ser um assassino. A questão é que a minha rotina é totalmente cronometrada e nem faço questão de parar para cumprimentar ou saber um pouco mais sobre a vida deles. Gosto de ir andando ao escritório por que sou completamente a favor do meio ambiente, embora ele fique há vinte e sete minutos da minha casa e andando de salto pode se alongar para trinta minutos, eu não me importo. Chego passo pela